domingo, 31 de março de 2013

Porto Alegre analisa reformas de base de Jango: 1o. de abril


Dois ex-ministros de João Goulart - Waldir Pires e Almino Affonso - participarão dos eventos promovidos pela Câmara Municipal de Porto Alegre para lembrar o 49o. aniversário das Reformas de Base, o projeto de reformulação do Estado brasileiro dinamitado pelo Golpe Militar de 1964. Eles estão programados para a próxima segunda-feira, dia 1º de abril, data precisa do golpe, geralmente citada como 31 de março para evitar a galhofa do dia da mentira.
As reformas de base, que contemplavam as reformas agrária, fiscal, bancária, educacional, urbana, administrativa e limitavam a interferência estrangeira (hoje, neste ano de 2013, o PIB nacional é controlado em 75% pelo capital internacional), constituem o maior projeto já concebido para o estado brasileiro. Por causa dele, o governo João Goulart foi deposto por aquele golpe cívico-militar, com a ajuda de capital e navios norte-americanos.
O seminário de Porto Alegre, impulsionado pela bancada municipal do PDT e o Instituto João Goulart, vai analisar a herança do governo Jango e os processos de reforma necessários para reduzir as desigualdades e garantir o desenvolvimento do país. O evento se propõe a também aprofundar a discussão  da participação do Estado em questões econômicas e a refletir sobre o conceito de “reformas de base” – ou seja, as iniciativas necessárias para alterar o sistema bancário, fiscal, urbano, o campo, administrações públicas e universidades. A discussão traz para a pauta a questão da reforma agrária e sua importância para o país, tanto na década de 60 quanto nos dias de hoje.
Com o objetivo de valorizar o papel do presidente João Goulart, o Jango, na criação do Conselho Nacional de Reforma Agrária e do Estatuto do Trabalhador Rural, que neste ano completa 50 anos, o seminário também debaterá temas como a recuperação dos processos de reformas políticas nos diversos níveis de governo e instituições e a necessidade da criação de políticas públicas que favoreçam o país.
Entre os convidados estão dois ex-ministros de Jango, Valdir Pires (Justiça) e Almino Afonso (Trabalho), que são testemunhas vivas da deposição do ex-presidente trabalhista pelo golpe civil militar em 1º de abril de 1964. O seminário 1964: Reforma de Base terá por local o Plenário Otávio Rocha, da Câmara de Porto Alegre, e será um dos eventos que deverão ocorrer durante o ano lembrando os 49 anos do golpe.

Inscrições e outras informações podem ser obtidas com a Escola do Legislativo Julieta Battistioli, da Câmara Municipal de Porto Alegre, pelo telefone (51) 3220-4374 ou na página eletrônica www.camarapoa.rs.gov.br, no link Escola do Legislativo.

Veja abaixo a Programação
01 de Abril de 2013 - 13h – Credenciamento; 
 13h30min- Abertura Oficial, com a presença de José Fortunati, prefeito de Porto Alegre; vereador Dr. Thiago Duarte, presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; e Christopher Goulart, diretor de Comunicação e Acervo do Instituto João Goulart.
14h – 15h30min – O golpe de Estado e a Guerra Fria - Painel com a participação de Almino Affonso, ministro do Trabalho de Jango, e o atual senador Cristovam Buarque (PDT-DF), como debatedores, e o jornalista eescritor Juremir Machado da Silva, como mediador. 
15h45min às 17h15min – As Vésperas do golpe: violência e interrupção das instituições democráticas - Painel com a participação de Waldir Pires, Procurador-Geral da República de Jango, e o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, como debatedores, e do jornalista André Machado, como mediador. 
18h30min – Exibição do filme "Dossiê Jango" (Documentário de Roberto Faria – Brasil, 2012, 102min) Com a presença do diretor-geral do Canal Brasil, Paulo Mendonça. (PDT ASCOM - FC)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Paulo Ribeiro, da Fundar, repudia violência na Aldeia Maracanã

Paulo Ribeiro, presidente da Fundação Darcy Ribeiro, divulgou carta aberta condenando a atitude do governo do Rio de Janeiro de desocupar à força o prédio do antigo Museu do Índio, no Maracanã, criado por  Darcy Ribeiro, classificando de ato “digno de repúdio” o uso da tropa de choque da Polícia Militar contra os índios. O advogado Modesto da Silveira, que também negociava a desocupação do prédio, se disse “horrorizado com a falta de sensibilidade do governador Sérgio Cabral”.  (OM)
“Carta Aberta Sobre a Aldeia Maracanã
“A Fundação Darcy Ribeiro vem publicamente expressar o seu repúdio sobre a decisão do governo do Estado do Rio de Janeiro de interromper abruptamente o diálogo e as negociações, expulsando as diversas etnias que ocupam, há anos, o prédio do antigo Museu do Índio, conhecido popularmente por Aldeia Maracanã.
“A Fundação Darcy Ribeiro foi convidada pelas lideranças que ocupam a Aldeia Maracanã para participar do processo como interlocutora qualificada junto ao Estado.
Temos, desde então, mantido contato permanente junto às lideranças das diversas etnias que habitam e circulam pela Aldeia Maracanã e com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos no sentido de apresentarmos soluções consensuais para a destinação do prédio e acolhimento dos seus moradores.
“É importante salientar que a participação da Fundar no litígio tem como princípio preservar a memória e a luta do professor Darcy e do Marechal Rondon, que em 1910 implantou ali o Serviço de Proteção aos Índios-SPI, atual Fundação Nacional do Índio- Funai, e em 1953, junto com Darcy, o Museu do Índio, reconhecido pela Unesco, como o primeiro museu do mundo a combater o preconceito e a discriminação étnica.
“Por isso, causa-nos estarrecimento a ausência, em todos os momentos, da Funai, instituição que tem entre as suas atribuições, defender a causa indígena e ser representante de seus legítimos anseios. Assim também a visão do governo do Estado, que reconhece o grupo apenas como aqueles que devem ser transferidos, deslocados de um lugar para outro, e não como um grupo étnico diferenciado que reivindica não apenas o abrigo, mas, sobretudo, espaço apropriado para expressar e difundir sua cultura.
“A proposta apresentada pela Comissão, composta pelas lideranças indígenas e a Fundação Darcy Ribeiro, era a de se construir um Centro de Referência Indígena no local, capaz de contemplar a história dos mais diversos grupos brasileiros, com exposição de cultura material e imaterial, servindo também como espaço para que eles pudessem se organizar, discutir e pensar coletivamente seus problemas e potencialidades.
“Ao longo do processo fomos informados sobre os possíveis locais para a instalação do grupo, sempre de forma genérica nas “cercanias” da Aldeia Maracanã. Somente na quinta-feira desta semana objetivou-se, por fim, um local próximo à Quinta da Boa Vista e outras duas opções, notícia que provocou positiva expectativa no grupo. Os índios gostariam de conhecer os locais, visitá-los. No entanto, o governo do Estado, ao invés de viabilizar essas visitas, que poderiam levar a um acordo amigável, inflexibilizou o prazo de desocupação e, preferiu, unilateralmente, encerrar o diálogo, acionando a força policial.
“Em todos os lugares do mundo, as cidades cultuam seus monumentos, seus lugares de memória. Constroem-se equipamentos sociais como forma de valorizar a história e a cultura de seu povo. No Rio de Janeiro, o governo do Estado trabalha na contramão, desconstruindo, tentando apagar aquilo que um dia serviu de modelo ao mundo pelas mãos do professor Darcy Ribeiro”.
Paulo Ribeiro – Presidente  da Fundação Darcy Ribeiro

segunda-feira, 25 de março de 2013

Convenção do PDT elege Carlos Lupi por mais dois anos

Em uma das maiores convenções nacionais já realizadas pelo PDT, com a participação de mais de mil pessoas, Carlos Lupi foi reeleito hoje (22/3) a tarde por aclamação presidente do Partido Democrático Trabalhista para o biênio 2013-2015 . O local foi o centro de treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), em  Luziânia,  na periferia de Brasília.
Além das centenas de militantes, participaram da convenção – segundo as listas de presença - 231 dos 318 integrantes do Diretório Nacional (75%) e, do total de 452 convencionais (membros do Diretório Nacional mais delegados eleitos e indicados pelos estados) , estiveram presentes em Luziânia  329 convencionais  – quorum qualificado de 65% .
Foram eleitos por aclamação os novos integrantes do Conselho Fiscal e Comissão de Ética e, também, a nova Executiva. – todos com poucas mudanças em relação a composição anterior.
A convenção começou as 9 horas da manhã com o Hino Nacional seguido da discussão sobre atos e ações da Executiva Nacional, com base no Artigo 87, especialmente a Resolução 001/2013, do início do mês, que normatizou as eleições, questionada pelos integrantes da oposição  que tentaram registrar uma chapa mas não conseguiram número suficiente de assinaturas, segundo as regras da Resolução 001. A oposição ainda tentou impedir, sem sucesso, na justiça, o cancelamento da convenção.
Integrantes da oposição  se revezaram no microfone  discutindo com representantes da chapa 1 sobre o processo eleitoral e a democracia interna. Critica recorrente foi a de que houve manipulação na condução do processo eleitoral.
Já o deputado Andre Figueiredo, ao falar, parabenizou “a militância aguerrida” presente a convenção fato que, na sua opinião,  “é o primeiro passo do PDT do futuro e do Brasil que queremos construir”. André também saudou os presidentes dos movimentos do PDT, citando um a um, e elogiou  também,o trabalho político que vem sendo desenvolvido pela Executiva.. Linha também do discurso do líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz.
O deputado Vieira da Cunha (RS), respondendo as críticas  feitas em plenário disse por sua vez, fechando a discussão na primeira fase da reunião: : “Nós cumprimos todas as normas estatutárias e apesar da tentativa da outra chapa de ganhar na  Justiça, estamos aqui reunidos em convenção. Ou seja, ganhamos no tapetão e agora estamos prontos para ganhar no voto”, alfinetou Vieira , sendo bastante aplaudido.
Os atos da executiva foram postos em votação e foram aprovados pela maioria dos convencionais presentes, mediante votação com seus crachás e por transparência. Poucos votos foram registrados contra a proposta de Vieira.
Imediatamente, sem intervalo, foi aberta às 11 horas, a segunda parte da convenção para discutir a a formação e a eleição do novo Diretório Nacional, a  Comissão Fiscal e a Comissão de Ética.  
Os oradores pró e contra a situação voltaram a se alternar ao longo de três horas de discussão. Entre outros, usaram a palavra Trajano Ribeiro e Eduardo Costa, ex-auxiliares de Brizola no governo do Rio de Janeiro, o presidente do PDT do Amazonas, Stones, que pediu pela unidade partidária; o senador Acir Gurgacz, que também fez um pronunciamento pedindo equilíbrio das partes e pacificação interna; o sindicalista Urbano, do Rio de Janeiro, que falou da  necessidade de se reorganizar o Movimento Sindical do PDT; e outros oradores.
Haroldo Ferreira, presidente da diretório do Paraná; o deputado Marcos Rogério de Roraima, Marly Gonçalves, também do PDT de Roraima; o professor Pádua, do Rio Grande do Sul, militante de 91 anos de idade; o deputado Agnolin, de Tocantins, foram outros oradores que se alternaram na convenção.
A  deputada Cidinha Campos, do Rio de Janeiro, também pediu a palavra e falou de sua amizade pessoal e política com Leonel Brizola. Cidinha narrou as visitas que recebia em sua casa de Brizola com grande carinho para, em seguida, elogiar a atuação de Lupi à frente do partido e defender a sua reeleição.
Logo depois falou o prefeito Gustavo Fruet que fez um relato de suas atividades à frente da prefeitura de Curitiba e anunciou que o compromisso programático do PDT, na sua administração, já é prioridade. Falou de recente concurso para professores da rede municipal e dos planos para implantar a educação em horário integral em Curitiba, entre outras iniciativas de impacto  – sendo aplaudidíssimo.
Também falou a ex-prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, que também defendeu a reeleição de Lupi para a presidência. “A vitória de Lupi fortalecerá o PDT”,  afirmou Aparecida Panisset. 
Lupi, em seguida, apresentou toda a direção do Movimento Negro do PDT recém eleita em convenção nacional realizada no Rio de Janeiro. Falou em seguidao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que manifestou o seu orgulho “de representar hoje o PDT, em Porto Alegre”. Fortunai explanou alguns de seus planos administrativos e se colocou a disposiçao de todos os prefeitos e vereadores do PDT do país inteiro. O último  a usar a palavra, antes da votação do novo Diretório Nacional foi o ex-superintendente do trabalho do Paraná, João Graça.. Que fez muitos elogios à gestão de Lupi no Ministério do Trabalho e na presidência do PDT.
Na mesa principal, além de Lupi e de Manoel Dias, secretário geral do partido e novo Ministro do Trabalho, estavam os líderes do PDT na Câmara, André Figueiredo, e no Senado, Acir Gurgacz, as principais lideranças nacionais e estaduais do PDT, como os senadores Cristovam Buarque, Pedro Taques, o ex-governador Ronaldo Lessa e os deputados  Miro Teixeira e Giovani Querioz.
Lupi tomou a palavra em seguida e leu, um por um, o nome dos novos integrantes do Diretório Nacional a ser eleito, em chapa única. Antes da votação, Vieira da Cunha pediu a palavra para explicar que com base nos estatutos, a votação poderia ser feita por aclamação, desde que o plenário concordasse, o que imediatamente aconteceu: Lupi submeteu a tese de Vieira ao plenário, foi aprovada por unanimidade, em seguida colocou em votação, em bloco, os nomes sugeridos para o novo Diretório Nacional.
A chapa 01, da situação, foi aprovada por aclamação. Depois, logo em seguida, foram subemtidos os nomes da Executiva, Conselho Fiscal e Comissão de Ética. A grande mudança foi a designação de André Menegotto, do PDT do Paraná, para secretário-geral adjunto, tendo em vista o afastamento de Manoel Dias, reeleito secretário-geral, mas sendo obrigado a se afastar para exercer o cargo de Ministro do Trabalho. Os demais nomes de integrantes da Executiva, Conselho Fiscal e Comissão de Ética praticamente foram referendados, sem grandes mudanças. Outra mudança foi a designação de André Figueiredo e do deputado Vieira da Cunha para a 1ª. E 2ª. Vice-presidëncias, de forma alternada, enquanto a presidência continuará sendo exercida por Lupii.
Eleito por aclamação, Lupi fez um rápido pronunciamento como presidente reeleito, lembrando as desavenças de Brizola com Jango – passaram 10 anos no exílio sem se falar – e como foi feita a reaproximação entre os dois por Dona Neusa, mulher de Brizola – irmã do presidente João Goulart. Também reafirmou o compromisso do PDT com os mais pobres, com  a população mais carente e oprimidos. O plenário aplaudiu o discurso e puxo o coro, lembrando episódio anterior: “Lupi, eu te amo! Lupi eu te amo!”.
Logo em seguida, falou o ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal Alceu Collares que “em sinal de respeito a todos os convencionais” disse que não se estenderia muito até porque foi o cabeça da chapa 02, que não obteve registro por falta de apoios de convencionais, para disputar o Diretório Nacional.  Mas pediu a todos os presentes “atenção ao que está acontecendo no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul”, detacando que só pode haver unidade dentro do partido com o que definiu como “conciliação verdadeira, de coração”entre as partes que participaram da disputa em torno do novo Diretório Nacional. Ao final, puxou a palavra de ordem, acompanhada por parte do auditório: “Conciliação! Conciliação! Conciliação!
O Senador Cristovam Buarque foi o último orador, disse que com a eleição para novo biênio o PDT entrava em nova fase de sua vida, fase que ele, Cristovam acha fundamental que seja em busca de soluções para os grandes problemas do Brasil e não de acomodação. Falou que Lupi, com mandado renovado e com a nova Executiva, que ele aceitou fazer parte, tinha que ter por meta encontrar as soluções “que o Brasil necessita” sem acomodações, sem composições, pensando unicamente no interesse do país. “Não temos o direito de nos acomodar”, frisou, “temos obrigação de reunir o povo brasileiro em torno de propostas até históricas do trabalhismo”, destaco.
Retomando a palavra, Lupi informou que ainda estavam inscritas para falar na convenção 20 pessoas, mas que devido ao adiantado da hora não havia mais como prosseguir a reunião e deu a convenção encerrada 15 minutos antes do horário previsto, já que as listas e os quoruns estavam legalmente preenchidos. A convenção terminou acabou às 13h45m.

sábado, 23 de março de 2013

Posse de Manoel Dias lota auditório do Ministério do Trabalho

O auditório do Ministério do Trabalho ficou pequeno diante do grande número de pessoas presentes à solenidade de transmissão de cargo para o novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, na presença, entre outros, do líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz, do líder do PDT na Câmara, André Figueiredo – deputados federais do partido, vereadores, prefeitos e dirigentes do PDT de todo o país, além do ministro da Previdência, Garibaldi Alves e funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego.
A cerimônia começou com o Hino Nacional, seguida da formação da mesa – Manoel Dias, Acir Gurgacz, André Figueiredo e, representando Santa Catarina, o ex-governador Luiz Henrique, Senador pelo PMDB. Também fez parte da mesa o atual secretário-geral do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar, que representou o ministro Brizola Neto que não pode comparecer e designou Marcelo para representá-lo.
Logo em seguida, foi apresentado um vídeo sobre a trajetória política de Manoel Dias, desde os tempos de vereador, quando foi cassado em 1964; passando por sua eleição para deputado estadual, quando foi novamente cassado e teve os seus direitos políticos suspensos por oito anos; relatando em seguida a sua participação na formação do PTB, primeiro, e depois do PDT, sempre ao ao lado de Brizola e chegando aos dias de hoje, como presidente nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini e Secretário Geral do PDT – sendo respeitado em todo o país.
O primeiro orador foi Marcelo Aguiar, que leu discurso escrito prestando contas da gestão de Brizola Neto e cumprimentando o novo ministro que assume. Depois falou o deputado André Figueiredo, em nome da bancada, falando da importância do ministério para o PDT,  “o Ministério do Trabalho hoje é do trabalhismo”, seguido do senador Acir Gurgacz , que parabenizou Manoel Dias pela nova tarefa partidária em substituição a Brizola Neto, a quem também elogiou pelo desempenho no cargo.
Por último falou Manoel Dias, Ele discorreu sobre o seu dia-a-dia na construção do partido, na preparação de quadros, sobre o que pretende fazer à frente do ministério, sobre a perseguição que sofreu depois da  sua cassação em 64, falou da prisão e, principalmente,  quais são os seus planos à frente do ministério. Em seguida, deu uma entrevista coletiva aos jornalistas presentes na posse.

Manoel Dias vai defender gestão de

sábado, 16 de março de 2013

Manoel Dias é o novo Ministro do Trabalho e Emprego


O novo Ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias, 74 anos, Secretário Geral do PDT, é catarinense, advogado e fundador do partido junto com Leonel Brizola - de quem foi secretário por mais de 30 anos.
O nome de Manoel Dias foi consensual no partido, por conta da mini-reforma ministerial articulada pelo governo da Presidenta Dilma Roussef. A sua posse no cargo está marcada para amanhã, sábado, no Palácio do Planalto.
Fidelidade Trabalhista
Natural de Içara, Santa Catarina, mas registrado em Criciúma, na década de 60, Manoel Dias foi  líder estudantil e presidente da União Catarinense de Estudantes (UCE). Eleito vereador em 1962 pelo antigo PTB, foi preso político e teve o seu mandato cassado pelo golpe militar de 1964. Em 1967 disputou novo mandato, desta vez de deputado estadual – elegeu-se - mas foi novamente cassado. Desta vez com base no Ato Institucional Número 5, perdendo também os seus direitos políticos por 10 anos.
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Manoel Dias tornou-se por concurso promotor público-adjunto e, posteriormente, auditor fiscal da Receita Federal. Voltando a militância política, mais tarde foi nomeado secretário de Ação Social do município de Criciúma. Em 1979, convidado por Leonel Brizola, ajudou inicialmente na refundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em  Florianópolis, trabalhando ao lado do também catarinense Doutel de Andrade e outros líderes do Trabalhismo. Com a perda da sigla, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Articulador e interlocutor de Brizola, foi um dos coordenadores da campanha do pedetista à Presidência da República, de 1989. Antes, integrara o comitê suprapartidário das “Diretas Já!” e fora um dos homens de confiança de Brizola na direção do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), posteriormente privatizado. Manoel Dias é um dos principais líderes do PDT nacional atualmente, ocupando a Secretaria Geral do partido e também a presidência da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, de estudos políticos. Nesta condição integrou o Conselho Político da campanha de Dilma Roussef à presidência da República, em nome do PDT.
À frente da fundação de estudos políticos Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, do PDT, é o responsável pela criação da Universidade aberta Leonel Brizola, ferramenta partidária de preparação de quadros através de modernos instrumentos de comunicação como a web, o rádio e a televisão - interligando a militância pedetista de todo Brasil.
Em janeiro último, Manoel Dias assinou convênio de cooperação entre o PDT e a escola de formação de quadros do Partido Comunista Chinês (PCC), estabelecendo a realização de seminários de organização e gestão partidária. Com mais de 50 anos dedicados ao Trabalhismo, Manoel Dias tem percorrido o Brasil de Norte a Sul trabalhando na organização partidária.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Rio celebra amanhã 30 anos da posse de Brizola no Governo do Estado

Os 30 anos da posse de Leonel Brizola no governo do Estado do Rio de Janeiro serão celebrados amanhã (15/3) com uma solenidade no plenário da Assembléia Legislativa organizada pelo Líder do PDT, deputado estadual Luiz Martins, em parceria com o Diretório Regional do PDT-RJ. O ato se realizará a partir das 10 horas da manhã no plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, que fica na rua Primeiro de Março, s/n, na Praça XV, no Centro da cidade.
Estão previstas falas do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi; do 1º vice do PDT-RJ, ex-deputado José Bonifácio Novelino;  do deputado Luiz Martins, líder do PDT; e mais Trajano Ribeiro, que falará pelos secretários estaduais empossados por Brizola em 1983; Eduardo Chuay, que falará pelos deputados estaduais eleitos na campanha de 1982; e Arildo Telles, em nome dos deputados federais eleitos naquele pleito.
Outras homenagens pela data estão programadas para acontecer no no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 14 de março de 2013

PDT-RJ referenda indicações de delegados à Convenção Nacional

Os integrantes do Diretório Regional do PDT-RJ reunidos na sede nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) no Centro do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (11/3) referendaram, por unanimidade, os nomes dos pedetistas indicados pela Executiva estadual para serem delegados  à Convenção Nacional do partido em Brasília, no dia 22/3. A Executiva estadual indicou os nomes por delegação do próprio Diretório Regional do PDT-RJ, segundo decisão aprovada em plenário no mês janeiro último.
Depois da delegação por votação soberana da plenária estadual, houve reunião da Executiva e os nomes dos  delegados foram indicados. Ontem, novamente em plenário, todos os nomes indicados pela Executiva estadual foram confirmados, por unidade, em votação plenária.
Serão delegados  à Convenção Nacional pelo Rio de Janeiro o ex-deputado federal Arildo Teles, integrante da Comissão de Ética do PDT-RJ; ex-deputado estadual Carlos Correia, atual secretário-geral do PDT-RJ; Deputada estadual Cidinha Campos, vice-presidente do PDT-RJ; Cacau de Brito, também integrante da Comissão de Ética; Ewerton Gomes, presidente da JS-PDT/RJ; Antonio Carlos Bittencourt, da Comissão de Ética; José Bonifácio Novelino, ex-prefeito,  ex-deputado e 1º  vice-presidente do PDT-RJ;  deputado estadual Luiz Martins, líder do PDT na Assembléia Legislativa;  Mara Hofans, Consultora Jurídica;  Zoraia Sauer, da AMT/RJ;  e Voltair Lopes, chefe de Gabinete de Cidinha Campos.
A reunião foi aberta por Lupi que fez uma exposição aos presentes sobre a questão dos royalties do petróleo,  chamando logo depois o prefeito de São João do Meriti, Sandro Matos, que anunciou para o próximo dia 16 uma série de visitas que fará, em companhia da direção estadual do partido, pelos municípios de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro.
Logo depois, por sugestão do Lupi, o Diretório Regional aprovou formalmente os nomes dos delegados indicados pela Executiva à convenção nacional, nominados um a um por Lupi e por Carlos Correia, secretário-geral, falando em seguida Cidinha Campos, que fez um relato de sua atuação à frente da secretaria estadual de defesa do consumidor. A militante Lucia Lopes, ligada ao movimento de camelôs do Rio de Janeiro, falou logo após sobre dificuldades que os portadores de necessidades especiais têm nos ônibus da cidade, tendo ganhado imediatamente a solidariedade de Cidinha que programou, junto com Voltair, seu subsecretário, uma fiscalização futura para coibir os abusos relatados pela Lúcia.
A reunião prosseguiu com Luis Eduardo, presidente do Movimento Negro do PDT-RJ relatando detalhes do 5º Congresso do Movimento Negro nacional, realizado no final de semana no Rio, que elegeu Ivaldo Paixão para a presidência e ele, para a secretaria.
Depois foi a vez do deputado estadual Felipe Peixoto, secretário regional de Desenvolvimento Regiona e Pescal, fazer um relato dos trabalhos em sua secretaria, seguida de intervenções dos deputados Janio Mendes, Bruno Correia e do próprio Luiz Martins, Líder na Alerj.
A presidente da JS de Niterói, Jéssica Helena, pediu a atenção de todos os integrantes do Diretório Regional para o que está acontecendo em Niterói, onde os quatro vereadores eleitos pelo PDT aderiram, sem consultar ao partido, ao prefeito eleito Rodrigo Neves, do PT; situação que Lupi garantiu que vai ser discutida em detalhes com a direção municipal do PDT de Niterói para definir claramente as questões; e Olga Amélia, vice-presidente do Mapi, convocou todos os presentes para participarem, no próximo dia 15 de março, às 10 horas da manhã, na Alerj, da solenidade comemorativa dos 30 anos da posse de Leonel Brizola no governo do Estado depois da vitória eleitoral de 1982.
“Não estou convidando ninguém, estou convocando! Temos que sair daqui do partido, em caminhada, com bandeiras e flores, em direção à Alerj para celebrarmos aquela vitória inesquecível de 1982” – afirmou Olga Amélia.
O vereador carioca Leonel Brizola Neto, presente à reunião, apresentou formalmente documento à direção Executiva questionando o critério de escolha dos delegados.
Depois de mais algumas intervenções e sem novos oradores inscritos, a reunião foi encerrada.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Número de bilionários nNúmero de bilionários no Brasil deve crescer 157% em 10 anos, diz estudoo


Em 2022, país deverá ter 136 bilionários; em 2012, eram 53.



São Paulo será a nona cidade com mais ricos no mundo.



Do Valor OnLine







OS DEZ PAÍSES COM MAIS BILIONÁRIOS



Nº de bilionários



País 2012 2022



Estados Unidos 543 1.101



China 154 483



Alemanha 149 300



Reino Unido 149 276



Índia 122 225



Brasil 53 136



Rússia 102 126



Hong Kong 70 97



Indonésia 31 90



Suíça 63 75



O Brasil tinha, no ano passado, 53 bilionários. Em 2022, serão 136, segundo prevê a pesquisa anual Wealth Report, divulgada nesta quinta-feira (7) pela consultoria Knight Frank. O crescimento no número de bilionários esperado para o Brasil, de 157%, é o terceiro maior do mundo, atrás apenas da China (214%) e da Indonésia (190%).



Atualmente, o país com mais bilionários são os Estados Unidos, com 543 pessoas – número que deve subir para 1.101 em dez anos. O segundo da lista hoje é a China, com 154 bilionários, e o terceiro lugar fica com a Alemanha e o Reino Unido – ambos têm 149 bilionários.




Por região, a Ásia deve registrar o maior aumento de bilionários na próxima década – 119%, seguida pela África (117%) e América Latina (108%).




Em outro parâmetro, o número de pessoas com US$ 30 milhões ou mais em ativos líquidos aumentou 5% no ano passado em todo o mundo - ou 8.700 pessoas. Nos próximos dez anos, segundo estimativas da consultoria, 95 mil pessoas podem superar a barreira dos US$ 30 milhões.




"Ainda há oportunidades em muitos mercados ao redor do mundo, especialmente para aqueles que podem olhar além das dificuldades em algumas economias desenvolvidas, tendo uma visão mais global", disse no relatório Mykolas Rambus, CEO da Wealth-X, uma consultoria de inteligência em propriedades. Ainda assim, ele admite que há desafios, como a dificuldade em obter crédito desde a crise financeira.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Na CUT, Lula confronta: "Mídia sustentou ditadura"


Ex-presidente disse que mídia tradicional nunca quis eleições diretas para presidente da República; ao abrir comemorações de 30 anos da CUT, em São Paulo, Lula defendeu uma mídia própria dirigida pelos "do andar de baixo"; "Por que não organizamos o nosso pensamento coletivo?", perguntou, sob aplausos; TV dos Trabalhadores, da CUT, está recebendo novos investimentos; movimento, sem dúvida, despertará mais críticas sobre chefe petista nos chamados jornalões





28 de Fevereiro de 2013 às 05:06







247 – Bem humorado e iniciando um discurso com histórias para "aliviar a alma", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à mídia tradicional durante evento de lançamento dos 30 anos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nesta quarta-feira 27, em São Paulo. Em sua avaliação, os movimentos sindicais precisam parar de reclamar por não terem saído no jornal, nem ganhado destaque na mídia. "Esses formadores de opinião pública defenderam a ditadura", disse Lula.



O ataque prosseguiu: "Essa gente nunca quis que houvesse eleições, só publicaram os protestos da Diretas Já quando já havia 300 mil nas ruas, só publicaram quando já estávamos na rua", disse o ex-presidente. Segundo ele, o ideal é que se formasse um pensamento coletivo em relação à mídia, ao invés de cada um dizer o que pensa separadamente. Dessa forma, seria criada a mídia dos "do andar de baixo".



"Por que a gente não começa a organizar a nossa mídia? Ao invés de cada um ficar falando o que pensa, por que não organizamos um pensamento coletivo? Nós podemos fazer isso", defendeu, num discurso entrecortado por aplausos. Em mais uma provocação à imprensa, o petista disse ainda que muitas vezes são realizados protestos da sociedade ignorados pelo grandes jornais, mas que "quando é contra o governo, sai".



Movimento sindicalista



O ex-presidente fez uma série de elogios à Central em termos de organização e representatividade no movimento trabalhista atual. Ele afirmou que a CUT é a entidade dos trabalhadores "mais importante da América Latina, não tem igual" e que "não deve historicamente para ninguém no mundo".



Lula lembrou que a central sindical conseguiu um feito muito importante, que foi introduzir a conscientização política nos trabalhadores. "O que a CUT conquistou aqui é algo a ser comemorado e algo a ser lembrado por muitas gerações", disse o petista. Sobre a situação econômica do País, Lula disse que o cenário irá melhorar, "apesar daqueles que torcem para que não".



"Essa CUT não pode perder a sua radicalidade", disse, ao plenário da central sindical. "Mas isso não significa que pode fazer bobagem. Uma ou outra bobagem pode fazer, mas não o tempo todo", ironizou, arrancando aplausos dos ouvintes. Ele fechou o discurso expressando otimismo. "Eu quero dizer a vocês que eu estou feliz".