Lula critica oposição e nega que programa "Territórios da Cidadania" seja eleitoreiro
28/02/2008 - 16h10
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quinta-feira que o programa "Territórios da Cidadania" seja eleitoreiro e criticou a iniciativa da oposição de entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contestando a proposta. O DEM e o PSDB querem a suspensão e posterior declaração de inconstitucionalidade do decreto que criou o programa.
Após lançamento do programa no Ceará, Lula disse que o "Territórios da Cidadania" não é eleitoreiro porque não tem eleição para presidente nem para governador neste ano e, por isso, não poderia estar fazendo campanha. E ressaltou que "setores da oposição" estão tentando impedir o governo fazer o que deveriam ter feito quando administraram o país.
"Eu acho que é importante o povo saber que tem setores da oposição que estão entrando na Justiça para evitar que se faça política que eles deveriam ter feito quando governaram o Brasil a muito tempo atrás e que não querem que a gente faça. Eu vou continuar fazendo porque fui eleito para governar o país e todo mundo sabia do meu compromisso", disse.
Lula afirmou ainda que, "embora seja presidente de todos", vai dar prioridade "aos setores mais pobres da população que é quem mais precisa do Estado". E defendeu a continuidade do programa. "O 'Territórios da Cidadania' é uma inovação extraordinária, porque é um conjunto de políticas públicas que envolve 19 ministérios mais o governo do Estado e os municípios para fazer um atendimento completo das demandas", afirmou.
Investimento
O programa "Territórios da Cidadania" destina R$ 11,3 bilhões para 958 municípios em todo país. Pelo programa, haverá um sistema integrado das ações sociais já em curso com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais principalmente nas áreas com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Na proposta, são 135 ações que tratam de desenvolvimento regional e de garantia de direitos sociais em 958 municípios --em 60 áreas com menor IDH.
A previsão do programa é atingir 24 milhões de pessoas que vivem em comunidades rurais, de indígenas, de quilombolas e de pescadores. Os projetos relativos ao programa envolvem 19 ministérios sob coordenação do Desenvolvimento Agrário.
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